O poder de inovar já conferiu adjetivos diversos a seus responsáveis ao longo do tempo - divinos, loucos, geniais ou apenas criativos. Mas o que será que há de fato de especial por trás dessa capacidade criadora?
Por Celeste Carneiro
Todos nós nascemos com a possibilidade de sermos criati- vos. Mas a educação e a visão unilateral, focadas para um tipo apenas de inteligência, levam-nos a acreditar que não temos criatividade. O que vem a ser criatividade? Criatividade é a capacidade que a pessoa tem de expressar, por diversos meios, idéias novas, que solucionam, de forma satisfatória, os desafios da vida, em qualquer área. É o poder de transformar objetos comuns em obras de arte ou dar-lhes novas utilidades.
É uma visão ampla e flexível, tolerante e intuitiva, que produz alegria e entusiasmo, induzindo a colocar em execução as idéias que surgem. Falando sobre criatividade e inovação, especialmente no âmbito das organizações, Eunice Soriano de Alencar esclarece: "Para nossos propósitos, poderíamos considerar a criatividade como o processo que resulta na emergência de um novo produto (bem ou serviço), aceito como útil, satisfatório e/ou de valor por um número significativo de pessoas em algum ponto no tempo. (...) Por outro lado, inovar significa, como o próprio termo sugere, intro- duzir novidade, concebendo-se a inovação organizacional como o processo de introduzir, adotar e implementar uma nova idéia (processo, bem ou serviço) em uma organização em resposta a um problema percebido, trans- formando uma nova idéia em algo concreto. (...) A criatividade pode ser considerada como o componente conceitual da inovação, ao passo que a inovação englobaria a concretização e aplicação das novas idéias. Por essa razão, o termo inovação tem sido mais utilizado no nível das organizações e o termo criatividade, no nível do indivíduo ou grupos de indivíduos".
Nos estudos das últimas décadas sobre o funcionamento do cérebro, quando cientistas observam por aparelhos precisos como pensamos e senti- mos, ficou evidente que a criatividade envolve o cérebro todo: no processo de criar algo, primeiro vem o interesse; em seguida, a preparação; depois vem a fase de incubação, que pode levar à iluminação e, por fim, a aplicação.
Em todas essas atividades, o cérebro vai recebendo estímulos em áreas diversificadas, que se comunicam como num sistema de rede. Quando te- mos um insight - um instante de iluminação -, a alegria nos invade e nos enchemos de entusiasmo - é o instante mágico da criação! Então, agimos com segurança e perseverança, pois sabemos que a idéia é viável. Depois, é só verificar sua viabilidade na prática e executá-la.
Segundo Arthur Koestler, um dos criadores de uma das teorias da criatividade - a Análise Fatorial -, a criatividade é manifestada na ciência, na arte e no humor.
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