domingo, 20 de junho de 2010
Toy Story 3 fala de perda e apego
O último filme da série traz emoções fortes aos espectadores e conversa bem com os sentimentos das crianças (e dos adultos!). E ainda inspira campanha de doação de brinquedos
O que se ganha quando se perde? Se para você a reflexão pareceu sem sentido, assista a Toy Story 3, longa que a Disney/Pixar estreia nesta sexta-feira, dia 18 de junho. O filme será, sim, inesquecível. Em primeiro lugar, porque ele já é o preferido dos fãs que há 11 anos aguardam novidades com a turma de brinquedos mais adoráveis do cinema. Segundo porque o enredo está pronto para fazer você (sim, você), ficar com peito apertado e nó na garganta. Várias vezes. Toy Story 3 é de emocionar.
Desde a primeira cena – em que assistimos a uma lembrança de brincadeira de Andy, o dono dos brinquedos – é pura adrenalina. O filme todo parece ter sido feito pela cabeça de uma criança. E no bom (ótimo!) sentido. Os cenários estão incríveis, os detalhes cada vez mais ricos com novos locais, novos personagens e, o melhor: novas personalidades. Nesta terceira parte – que também entra na versão 3D –, os brinquedos não são todos unidos como uma grande família feliz. Vocês vão se deparar com bons e maus entre os pares.
Bem, a história começa com a sinopse do filme: Andy está indo para a universidade e com a mãe e a irmã faz uma “limpa” no quarto. A caixa com os brinquedos – com os personagens que aprendemos a amar, diga-se – é um baú que, por anos, anda fechado. Os brinquedos ficam ouvindo a conversa dele com a mãe. Andy está abalado com a separação definitiva e o espectador vai vivendo desde cedo a aflição do apego, desapego e perda. Woody, o caubói, já nos revela os personagens que não fazem mais parte da trama – brinquedos têm certa durabilidade, oras. E o boneco mostra desde cedo sua maior característica: a lealdade a seu dono.
Acontece que, como se trata de uma bela turma atrapalhada, eles vão todos parar em uma creche que, aparentemente, parece um oásis para os brinquedos que se sentem rejeitados. Porém, em pouco tempo, sabemos que aquele paraíso está cheio de problemas. Para os nossos heróis, claro.
Crianças e pais vão rir muito, claro. Mas prepare-se porque o filme veio para mexer com a gente. O tema doação de brinquedos revela uma boa discussão sobre apego, sobre tempo, sobre brincar e como brincar. Aliás, a própria Disney iniciou com parceiros, como a Fundação Abrinq, uma campanha de doação de brinquedos que vai durar até o dia 15 de julho, com postos em supermercados, lojas de departamento, cinemas, shoppings centers e até concessionárias. São 500 pontos para receber brinquedos em bom estado (a Disney vai divulgar a campanha pelo site www.disney.com.br) a serem doados a organizações que trabalham com crianças carentes. O filme vai inspirar, inclusive, o cuidado com os brinquedos: as crianças irão vê-los sendo maltratados e todo o público vai entender que brincar muito não é destruir. Vai ter crueldade na tela, sim, preparem-se. Mas não fujam. Cada cena vale a pena. Quem me dera ter visto novamente logo após o término. E, no dia que assisti, eu queria mesmo voltar para casa e fazer uma única coisa: abraçar meus brinquedos e me perder nas lembranças. Lembranças de quando a imaginação ia tão solta, uma liberdade, um carinho, uma fantasia que a gente insiste em tirar de nossa vida quando adultos. Mas que filmes como esses teimam em nos dar de volta. Ainda bem...
Curta da vez
Como sempre, a Pixar traz um curta-metragem antes do filme. E este, acreditem, é um dos melhores. Chama-se Dia & Noite, e é uma sensacional animação que mistura técnica 2D e 3D. Sem falas, o curta apresenta dois personagens em forma de fantasmas que, na transparência do "corpo" surgem ali representações de vantagens e desvantagens do dia e da noite. Cada um é um. É emocionante e engraçado. Imperdível também.
Fonte: CRESCER
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