Muito se fala sobre depressão e já é diagnóstico fácil e corriqueiro. No entanto, há diversas formas clínicas de depressão que são desconhecidas pela grande maioria da população e rotuladas automaticamente como Depressão.
A Distimia é um transtorno afetivo de personalidade. É um modo de sentir e perceber a realidade de uma maneira melancólica e negativa. Não há um comprometimento severo na vida profissional e social do indivíduo, mas o estado depressivo é a tônica dessa forma de ser.
São pessoas continuamente tristes, com baixa energia, melancólicas, baixa auto-estima e pessimistas. Acentuam demasiadamente os aspectos negativos da vida enquanto os positivos passam desapercebidos e sem importância. Geralmente não são considerados e até desvalorizados pela pessoa.
Ela pode ter uma vida familiar estável e saudável, mas nunca é vista como tal. Sempre falta alguma coisa. Nada a satisfaz.
Os aspectos negativos sempre têm seu impacto maior e se sobressaem, de modo que o indivíduo está quase sempre abatido e desanimado, por causa desses aspectos que “nunca dão certo, nunca melhoram” e que tornam a vida triste e sem graça.
Essa visão faz com que ele se sinta pouco ou nada merecedor de aproveitar e usufruir o lado positivo de sua vida.
Esse ângulo de visão interfere de alguma maneira no rendimento da vida social da pessoa, diferentemente da Depressão, que muitas vezes faz com a pessoa nem saia de casa ou até da cama.
A Distimia permite que a pessoa trabalhe, tenha sua parte de lazer, mas sempre com o lado positivo comprometido, pois há a perda da capacidade de sentir totalmente esse prazer. Há também uma tendência ao isolamento, ansiedade e muitas vezes insônia.
Em crianças, a Distimia pode estar associada ao Transtorno de Aprendizagem, acarretando um comprometimento no rendimento escolar. As mulheres têm 3 vezes mais propensão a desenvolver Distimia.. Pode ter períodos de melhora e piora, incluindo Depressão grave, caso não seja tratada. O melhor personagem para exemplificar esse quadro, seria o da Hiena: “Oh dia! Oh vida! “
As causas são diversas para seu aparecimento; desde os problemas familiares na infância com pais agressivos ou também distímicos ou depressivos.
Pode aparecer em dois momentos: Início precoce, se ocorreu antes dos 21 anos e Início tardio se ocorreu aos 21 anos mais ou menos.
Sendo um estado crônico, seu tratamento inclui medicação e psicoterapia. É importante que a pessoa procure um psiquiatra para que ele faça um diagnóstico preciso do quadro e inicie a medicação adequada. A terapia entra como segunda ferramenta nesse tratamento.
Os dois juntos, levam o indivíduo a perceber o lado positivo e a viver esse lado; ou seja o tratamento permite descondicioná-la de sua visão turva e pessimista que sempre teve de vida e de si mesma.
Fonte: Artigos de Psicologia
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