Uma em cada três crianças nutre temporariamente uam relação existente apenas na fantasia - o que não é motivo para preocupação. O curioso é que também adolescentes e adultos, em especial idosos, usam esse recurso para superar fases difíceis.
Por Inge Seiffge-Krenke
Vivemos tempos em que conversar com gente que nunca vemos não é nada incomum: perambulamos por chats, blogs e twitter e trocamos informações e segredos com pessoas com quem mantemos relacionamentos virtuais, às vezes bastante íntimos. Mas e quando uma criança cria uma amigo imaginário - brinca, fala e até mora com ele, como se fosse real? Esse fenômeno que surge principalmente entre 3 e 7 anos, não é tão raro. Quando pais e educadores percebem a existência desses companheiros invisíveis quase sempre ficam preocupados.
Mas os pais podem respirar aliviados pois todos os estudos sobre esse fenômeno chegam ao mesmo resultado: não há motivo para preocupações. Os amiguinhos imaginários tem sido estudados de forma intensiva há muito tempo, nos últimos 100 anos, mas poucos psicólogos se dedicaram a esse tema. E há um ponto em comum: todos concordam que os amiguinhos imaginários estimulam o desenvolvimento das crianças, podem suprir eventuais lacunas afetivas e ajudam na elaboração de questões psíquicas.
Inge Seiffge-Krenke é psicóloga; dirige o Departamento de Psicologia do Desenvolvimento do Instituto Psicológico da Universidade de Mainz na Alemanha.
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